ENSINO DA LÍNGUA MATERNA E PROMOÇÃO HUMANA
CONTRASTES E CONFRONTOS
José JPeralta
I
O ENSINO DA LÍNGUA NUM MUNDO GLOBALIZADO
1. A nossa língua pátria, como muitos outros patrimônios de nosso país, como acontece em outros países, está sujeito a questionamentos, como tudo o que é humano. Se é razoável ou não, é sempre um ponto a considerar e a reforçar.
Neste ensaio, dou a minha contribuição a uma polêmica nacional
sobre a questão da “Discriminação Linguística” e o ensino da Gramática Normativa, que considero uma dicotomia impertinente, insustentável e abusiva.
Penso que o país não tem tempo a perder, com um assunto tão sem sentido, em má hora levantado por mentes condicionadas, e que não pode ficar sem resposta... Envolve poucos, mas, sorrateiramente pode envolver e enganar a muitos, por tocar em pontos sensíveis ao leitor atento.
Está em pauta o princípio que defendemos, de que o não ensino da Norma Culta é sonegação de direitos, por grave preconceito. Contestemos os que falam e propõem o contrário, numa atitude de grave agressão à unidade linguística do Brasil. Propomos a superação de toda a discriminação linguística e contestamos os que, ardilosamente, invertem os conceitos, propondo o preconceito como libertação. É disto que aqui tratamos.
2. Um dos livros mais preconceituosos e com mais sofismas que já vi foi esse amontoado de tolices filosóficas, populistas, nada científico, que é a “Língua de Eulália”. Mas, enfim, propõe-se como novela (?!) Ou quer ser Cavalo de Tróia?!
Não há nesse livro nada de novo a não ser o ranço e os claros ressentimentos e complexos que marcam o fio condutor da Novela. Entre algumas páginas vai destilando seus rancores e preconceitos persecutórios Entretanto não posso deixar de reconhecer que tem alguns pontos muito bons. (Voltarei a este tema).
Procuramos colocar cada conceito no seu lugar, desmistificando-os, e derrubando sofismas. Até porque certas pessoas, que se dizem “linguistas”, como se isso os tornasse intocáveis e sábios, o que propõem é provar que a Língua que se fala no Brasil não é a Língua Portuguesa. Querem que isso seja decretado oficialmente! Isto é algo de idiota, que está na contramão do que se faz no mundo. Falaremos disto mais tarde.
Efetivamente, a língua é um dos legados mais extraordinários que Portugal deu ao Brasil.
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3 comentários:
O idioma é legado mas não é autoritário. A língua, assim como a palavra, tem vida. Movimento. Não fosse assim, estariam os latinos europeus falando latim.
Brasileiros herdaram o idioma - que realmente não é brasileiro nativo mas que veio junto com todas os outros legados menos bonitos que Portugal nos impôs , entre estes, o mais terrível , a escravidão dos negros_mas ao mesmo tempo em que se encantaram com a negritude das moças e com elas formaram a etnia brasileira, tão quanto o fizeram com as índias e nessa hora, nenhum portugues, fosse aventureiro, desbravador ou intelectual, pensou em purismos.
E nós não estamos preocupados em falar o portugues de Portugal, simplesmente porque não somos Portugal - somos fruto de tudo de bom e também de ruim que Portugal deixou como legado, num colonialismo extrativista. Donde concluímos que portugueses e brasileiros são ligados por laços mais importantes, mais profundos do que o idioma, do que o colonialismo, do que qualquer indicação intelectual - somos ligados por um amor esquisito, mas amor sim. Ancestralidade é coisa que supera assuntos outros.
Obrigada.E com respeito e carinho.
Lamento mas discordo, em parte, do seu comentário, principalmente, pelas seguintes razões:
.1-é claro que as línguas vivas evoluem e precisamente por isso é que, aquelas que são faladas em territórios geograficamente separados, devem ser balizadas para não perderem a unidade e a representatividade;
.2-o seu comentário é inteligente
mas não se pôde furtar à influencia da situação político-cultural do Brasil; os brasileiros herdaram o idioma de quem? Dos pais e dos avós? Certamente! Como nós !
Não é brasileiro nativo? Pois não ! No Brasil, quando os portugueses lá chegaram, havia pequenos grupos de pessoas que falavam várias línguas,viviam separados por centenas de quilómetros, matavam-se uns aos outros ...Os portugueses que se fixaram no Brasil limitaram-se a continuar a falar a sua língua e a transmiti-la aos seus filhos que são Vocês os brasileiros.É muito fácil atirar para cima dos portugueses tudo o que de mau aconteceu no Brasil e esquecer que esses portugueses eram Vocês os brasileiros;
.3-acho muito bem que não queiram falar o português de Portugal até por que isso não faria sentido;os regionalismos devem existir mas,também,uma língua portuguesa padrão; por isso é que as pessoas conscienciosas e cultas do Brasil e de Portugal aceitaram o Acordo Ortográfico;
Quanto ao resto concordo, plenamente, consigo embora ache que o idioma é um laço que não se pode deixar desatar.
Aceite um fraterno abraço.
Barbaridade! Quanta sopa de letras! a "blogosfera" cria essas modernidades todas onde o vazio de essência é preenchido com sentimentos misturados de rancores e ideologias, homofobias ao estrangeiro, ainda que esse tenha aqui chegado antes de qualquer medíocre falante.
Pois se o homem é hóspede do sistema solar e vive no planeta por mero lapso de tempo, ter nascido aqui, no Brasil e aderir a um partido, partido em frangalhos éticos e morais, não dá direito a ninguém de reclamar para si enquanto brasileiro(a)o direito a qualquer titulo de posse de qualquer valor pátrio que pertence ao cosmos, e os mais capazes tocarem em frente e civilizarem...
Mas sim, tem o dever de cuidar e manter o que herdou já dentro de uma regra, e por sinal das mais completas e belas do planeta... Mas parece nesta hora aflita de imediatismo e corrida atrás da tocha, da situação, que a tolice tomou conta dos vazios...
É que ter nascido por cá deve ser castigo para muitos, que não se conformam com um povo que nasceu para missões superiores de povoar a terra com engenho e arte.
O resto é falácia de quem faz xuxeço com falas baratas e bobagens com café, que também os autores do idioma para cá junto com a manga, banana coco etc.trouxeram.
E é por isso que existe vida inteligente para além dos quintais e das galinhas desse povo, que não entende de acordos e normas civilizadas...Convivência pacifica e intolerância com os sabotadores da evolução, que ora desgovernam a nação, que aliás, não é de ninguém, dado o tempo de vida útil de cada cidadão de meros dias, diante da eternidade do tempo.
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