ALTERAÇÃO DO ENDEREÇO

sábado, 26 de maio de 2012

"Felizmente nem todos os brasileiros pensam assim !..."

De todos os comentários que recebi, acerca da minha última publicação, neste blogue, com o título “A ignorância está legalizada no Brasil”, quero destacar o que recebi de uma amiga de Petrópolis que passo a transcrever e a responder nas entrelinhas; mas, antes disso, quero afirmar à minha amiga alguns pontos que para mim são fundamentais:
1º- apesar de eu não ter nascido no Brasil amo-o tanto como qualquer bom brasileiro;
2º- se me preocupo com o que se passa com a Lusofonia, seja em Portugal, no Brasil ou noutro lado qualquer, é porque acho que isso é o que um cidadão lusófono mínimamente instruído e culto deve fazer.

Agora o comentário e a resposta:

“Arnaldo, é honroso seu cuidado com a língua. E ontem, eu assisti a programa na RTP , tipo documentário, onde portugueses moradores em Praga mostravam a cidade, os costumes, a comida, a arte e portugueses morando em Praga usando em seu modo de expressarem-se, gírias brasileiras. Não creio que haja novelas brasileiras em Praga - e nem são gírias antigas.”
Não vejo qualquer prejuízo para a língua se os portugueses adotarem gírias brasileiras; e não vejo qualquer inconveniente nas novelas brasileiras, até por que considero que no Brasil se fala um português que em Portugal, infelizmente, se perdeu e se deveria recuperar.

“Claro que você também não gosta disso e certamente não gosta de muitas outras coisas mas , daí a insultar a mandatária do Brasil, fica feio. Aliás, insultar a mandatária do país onde mais se fala o portugues - 190000000 de pessoas sòmente.”
Quer dizer que por serem maior número de falantes podem adulterar a língua como quiserem ? ! …

“Quem mais fala - mais fala! Vejo os próprios portugueses comentando e postando dos desmandos que vivem aí - e não costumo ver brasileiros dando palpite. Nem ofendendo o Passos Coelho ou o outro ou o outro - sim, reflete em nós também nesse mundo global mas a mim parece que o colonizador é bem mais radical que o ex colonizado.”
Colonizador, colonizado ! … Parece-me que aí há uma grande dose de passadismo que não pode ser discutido em pleno séc.XXI como se fosse um diferendo entre o Flamengo e o Vasco !

“E isso cria muros que neste momento não convém - não a vocês!”
Criar muros ? … É, precisamente, para demolir alguns muros que ainda existem que eu luto ! Mas é para os brasileiros que isso é mais importante porque se começarem a falar crioulo perderão o seu lugar no meio das nações cultas. Infelizmente, há alguns brasileiros pouco informados que ainda não compreenderam que a força da língua deles é a força que a língua portuguesa tiver.

“E não estamos aqui para ofender os mandatários de país algum - já temos um Maracanã inteiro a receber nossas ofensas na área das políticas e etc.... Não gostei e o fato de ver o gênero ser identificado em diplomas não nos afetará em nada.”
É, precisamente, esse o seu erro: não se trata da identificação do género; trata-se de adulterar as regras gramaticais. Leia bem o que o seu compatriota escreveu e vai perceber que uma Presidente nunca puderá se transformar numa Presidenta, como um dentista nunca se pudera transformar num dentisto ! …

"Fiquei triste com você - e - nós até podemos sim sermos sequestrados pela ignorância mas .......”
Para finalizar, faço-lhe o convite de me provar que estou errado !

quinta-feira, 17 de maio de 2012

-" A Ignorância está legalizada no Brasil "

No passado dia 3 de Abril, foi promulgada pela Presidente Dilma Rousseff uma Lei que legaliza a ignorância no Brasil. Essa Lei determina o emprego obrigatório da flexão de gênero para nomear profissão ou grau em diplomas.
Por
esta Lei, D. Dilma Rousseff, deixa de ser a Presidente do Brasil para passar a ser a Presidenta.
É trágico para um país quando os seus governantes estão reféns da ignorância e se vangloriam disso !... Felizmente, para todos nós, existe muita gente culta no Brasil que se vai opor a uma Lei tão ridícula como esta, cujo destino é o fundo da gaveta!
Que fazemos agora com o Acordo Ortográfico ?  Deixa-mo-lo cair, de novo, no esquecimento por mais 90 anos ?
Foi preciso que ascendesse à presidência do Brasil uma pessoa tão ignorante que ignorasse a sua ignorância, para recuarmos 90 anos no esforço que se tem feito para uniformizarmos a nossa Língua ? E ainda há quem utilize a falta de instrução de Lula da Silva como uma arma, quando ele tem demonstrado ter mais conhecimento da vida e maior capacidade do que a maioria dos seus opositores e seguidores !...
A aberrante Lei, que é transcrita no final deste texto, provocou no meu amigo José Gomes, um brasileiro de fibra e amante do seu país, o seguinte texto que passo a transcrever:   

Eles querem dar cabo do Brasil de qualquer maneira!
Autoria de José Gomes

E ninguém veta o assassinato da língua..... que país !...

       Um amigo uruguaio sugeriu casarmos a Dilma com o Pepe (acho que ele não merece essa desgraça), tendo como padrinhos o Lula e a Cristina; como convidados os mensaleiros e cia. mudando-se  todos para a Mongólia (também acho que os mongois não merecem); sugiro o deserto do Saara.

LEI de 03Abr12-Emprego obrigatório da flexão de gênero para nomear profissão.

Aprendam.

Acabou a moleza. Quem relutava, se negava ou criticava o pedido meigo de Dilma ser tratada como presidentA, pode prepare-se para não ser pego fora da lei.
No último dia 3 de Abril, a presidentA sancionou a Lei 12.605/12. Para quem ainda duvida, está lá no site da PresidentA. A lei determina a obrigação da flexão de gênero em profissões. Ou seja, agora é presidentA, gerentA, pilotA, etc…

Vou aproveitar para exigir que eu seja tratado a partir de agora como flamenguistO, jornalistO, dentistO, motoristO, etc.

Caraca, só no Brasil.
Pergunto se alguém sabe se senador, deputado e vereador continuam como vigaristA ou muda pra vigaristO?

Oremos irmãos.
.........................
P.S.  HOJE EU VOU AO OCULISTO, DEPOIS DE PASSAR NO DENTISTO,  TINHA LÁ UM MOTORISTO E UM MAQUINISTO  TODOS FLAMENGUISTO ....

desculpem mas não resisti  [SOU HUMORISTO ] ....
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Presidência da República
Casa Civil
Subchefia para Assuntos Jurídicos

LEI Nº 12.605, DE 3 DE ABRIL DE 2012.

Determina o emprego obrigatório da flexão de gênero para nomear profissão ou grau em diplomas.
A PRESIDENTA DA REPÚBLICA. Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

Art. 1o As instituições de ensino públicas e privadas expedirão diplomas e certificados com a flexão de gênero correspondente ao sexo da pessoa diplomada, ao designar a profissão e o grau obtido.
Art. 2º As pessoas já diplomadas poderão requerer das instituições referidas no art. 1o a reemissão gratuita dos diplomas, com a devida correção, segundo regulamento do respectivo sistema de ensino.
Art. 3º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Brasília,  3  de  abril  de 2012; 191o da Independência e 124o da República.

DILMA ROUSSEFF
Aloizio Mercadante Eleonora Menicucci de Oliveira

Fonte: José Gomes 

 

sexta-feira, 4 de maio de 2012

-" A MENTIRA DO TIRADENTES "

Há muito tempo que considero uma ofensa à inteligência do povo brasileiro a forma como os sucessivos governos têm utilizado a enganosa figura do Tiradentes. Durante a minha estadia no Brasil tentei, várias vezes, desmistificar este logro e, para minha surpresa, verifiquei que, a grande maioria das pessoas, mesmo algumas com adequada instrução, não acreditava que o Tiradentes tinha sido um falso herói que os republicanos criaram.
Infelizmente, os poucos estudos sérios que se fizeram sobre o assunto foram sempre ignorados. Correndo o risco de que o mesmo aconteça,  publico um artigo selecionado por um historiador brasileiro, sobre o assunto, deixando a sua assimilação à capacidade de discernimento do leitor.

                                          “O MARTÍRIO DE TIRADENTES:
                      UMA FARSA CRIADA POR LÍDERES DA INCONFIDÊNCIA MINEIRA
                                                                                                      por Guilhobel Aurélio Camargo

          Ele estava muito bem vivo, um ano depois, em Paris. O feriado de 21 de abril é fruto de uma história fabricada que criou Tiradentes como bode expiatório, que levaria a culpa pelo movimento da Inconfidência Mineira. Quem morreu no lugar dele foi um ladrão chamado Isidro Gouveia.

A mentira que criou o feriado de 21 de abril: Tiradentes foi sentenciado à morte e foi enforcado no dia 21 de abril de 1792, no Rio de Janeiro, no local chamado Campo da Lampadosa, que hoje é conhecido como a Praça Tiradentes. Com a Proclamação da República, precisava ser criada uma nova identidade nacional. Pensou-se em eternizar Marechal Deodoro, mas o escolhido foi Tiradentes. Ele era de Minas Gerais, estado que tinha na época a maior força republicana e era um pólo comercial muito forte. Jogaram ao povo uma imagem de Tiradentes parecida com a de Cristo e era o que bastava: um “Cristo da Multidão”. Transformaram-no em herói nacional cuja figura e história “construída” agradavam tanto à elite quanto ao povo.
A vida dele em poucas palavras: Tiradentes nasceu em 1746 na Fazenda do Pombal, entre São José e São João Del Rei (MG). Era filho de um pequeno fazendeiro. Ficou órfão de mãe aos nove anos e perdeu o pai aos 11. Não chegou a concluir o curso primário. Foi morar com seu padrinho, Sebastião Ferreira Dantas, um cirurgião que lhe deu ensinamentos de Medicina e Odontologia. Ainda jovem, ficou conhecido pela habilidade com que arrancava os dentes estragados das pessoas. Daí veio o apelido de Tira-Dentes. Em 1780, tornou-se um soldado e, um ano à frente, foi promovido a alferes. Nesta mesma época, envolveu-se na Inconfidência Mineira contra a Coroa portuguesa, que explorava o ouro encontrado em Minas Gerais. Tiradentes foi iniciado na Maçonaria pelo poeta e juiz Cruz e Silva, amigo de vários inconfidentes. Tiradentes teria salvado a vida de Cruz e Silva, não se sabe em que circunstâncias.

Tiradentes, Maçonaria e a Inconfidência Mineira:
Como era um simples alferes (patente igual à de tenente), não lideraria coronéis, padres e desembargadores, que eram os verdadeiros líderes do movimento. Semi-alfabetizado, é muito provável que nunca esteve plenamente a par dos planos e objetivos do movimento. Em todos os movimentos libertários acontecidos no Brasil, durante os  séculos XVIII e XIX, era comum o "dedo da Maçonaria". E Tiradentes foi maçon, mas estava longe de acompanhar os maçons envolvidos na Inconfidência, porque esses eram cultos, e em sua grande parte, estudantes que haviam recentemente regressado, "formados” da cidade de Coimbra, em Portugal. Uma das evidências documentais da participação da Maçonaria são as cartas de denúncia existentes nos autos da Devassa, informando que maçons estavam envolvidos nos conluios.
Os maçons brasileiros foram encorajados na tentativa de libertação, pela história dos Estados Unidos da América, onde saíram vitoriosos - mesmo em luta desigual - os maçons norte-americanos George Washington, Benjamin Franklin e Thomas Jefferson. Também é possível comprovar a participação da Maçonaria na Inconfidência Mineira, sob o pavilhão e o dístico maçônico do Libertas Quae Sera Tamen, que adorna o triângulo perfeito, com este fragmento de Virgílio (Éclogas, I, 27). Tiradentes era um dos poucos inconfidentes que não tinha família. Tinha apenas uma filha ilegítima e traçava planos para casar-se com a sobrinha de um padre chamado Rolim, por motivos econômicos. Ele era, então, de todo o grupo, aquele considerado como uma “codorna no chão”, o mais frágil dos inconfidentes. Sem família e sem dinheiro, querendo abocanhar as riquezas do padre. Era o de menor preparo cultural e poucos amigos. Portanto, a melhor escolha para desempenhar o papel de um bode expiatório que livraria da morte os verdadeiros chefes.
E foi assim que foi armada a traição, em 15 de março de 1789, com o Silvério dos Reis indo ao Palácio do governador e denunciando o Tiradentes. Ele foi preso no Rio de Janeiro, na Cadeia Velha e seu julgamento prolongou-se por dois anos. Durante todo o processo, ele admitiu voluntariamente ser o líder do movimento, porque tinha a promessa que livrariam a sua cabeça na hipótese de uma condenação por pena de morte. Em 21 de abril de 1792, com ajuda de companheiros da Maçonaria, foi trocado por um ladrão, o carpinteiro Isidro Gouveia. O ladrão havia sido condenado à morte em 1790 e assumiu a identidade de Tiradentes, em troca de ajuda financeira à sua família, oferecida a ele pela Maçonaria. Gouveia foi conduzido ao cadafalso e testemunhas que presenciaram a sua morte se diziam surpresas porque ele aparentava ter bem menos que seus 45 anos. No livro, de 1811, de autoria de Hipólito da Costa ("Narrativa da Perseguição") é documentada a diferença física de Tiradentes com o que foi executado em 21 de abril de 1792. O escritor Martim Francisco Ribeiro de Andrada III escreveu no livro "Contribuindo", de 1921: "Ninguém, por ocasião do suplício, lhe viu o rosto, e até hoje se discute se ele era feio ou bonito...".
O corpo do ladrão Gouveia foi esquartejado e os pedaços espalhados pela estrada até Vila Rica (MG), cidade onde o movimento se desenvolveu. A cabeça não foi encontrada, uma vez que sumiram com ela para não ser descoberta a farsa. Os demais inconfidentes foram condenados ao exílio ou absolvidos.

A descoberta da farsa:
Em 1969, o historiador carioca Marcos Correa estava em Lisboa quando viu fotocópias de uma lista de presença da galeria da Assembléia Nacional francesa de 1793. Correa pesquisava sobre José Bonifácio de Andrada e Silva e acabou encontrando a assinatura que era o objeto de suas pesquisas. Próximo à assinatura de José Bonifácio, também aparecia a de um certo Antônio Xavier da Silva. Correa era funcionário do Banco do Brasil, se formara em grafotécnica e, por um acaso do destino, havia estudado muito a assinatura de Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes. Concluiu que as semelhanças eram impressionantes. Tiradentes teria embarcado incógnito, com a ajuda dos irmãos maçons, na nau Golfinho, em agosto de 1792, com destino a Lisboa. Junto com Tiradentes seguiu sua namorada, conhecida como Perpétua Mineira e os filhos do ladrão morto Isidro Gouveia. Em uma carta que foi encontrada na Torre do Tombo, em Lisboa, existe a narração do autor, desembargador Simão Sardinha, na qual diz ter-se encontrado, na Rua do Ouro, em dezembro do ano de 1792, com alguém muito parecido com Tiradentes, a quem conhecera no Brasil, e que ao reconhecê-lo saiu correndo. Há relatos que 14 anos depois, em 1806, Tiradentes teria voltado ao Brasil quando abriu uma botica na casa da namorada Perpétua Mineira, na rua dos Latoeiros (hoje Gonçalves Dias) e que morreu em 1818. Em 1822, Tiradentes foi reconhecido como mártir da Inconfidência Mineira e, em 1865, proclamado Patrono Cívico da nação brasileira.

Fonte: material enviado pelo meu amigo CANOJONES