Berlim tinha anunciado um crescimento de 1% para 2013. Agora, reduziu esse crescimento a… 0,4%. Ou seja, fez um corte de 60% na sua previsão! A previsão agora avançada pelo governo Merkel não anuncia realmente qualquer crescimento mas sim uma estagnação da economia alemã, neste ano. A auto-proclamada “locomotiva da economia europeia” tem vindo, no últimos anos a perder força de ano para ano: o crescimento em 2010 foi de 4,2%, em 2011 foi 3%, em 2012 só 0,7% (com o último trimestre do ano no ‘vermelho’…). Se este primeiro trimestre 2013 também correr no ‘vermelho’, a economia alemã entrará oficialmente em recessão, tal como a zona euro no seu conjunto já é considerada em recessão desde o terceiro trimestre do ano passado. Com uma economia dominada por uma estratégia mercantilista que faz das exportações o principal pilar, a Alemanha começa a sofrer as consequências da ‘austeridade’ que tem imposto aos seus parceiros europeus. Lançada pela Alemanha contra os Estados da periferia marítima, a austeridade surpreende Merkel ao comportar-se como um boomerang.
quarta-feira, 16 de janeiro de 2013
-"Alemanha: a austeridade é um boomerang"
Berlim tinha anunciado um crescimento de 1% para 2013. Agora, reduziu esse crescimento a… 0,4%. Ou seja, fez um corte de 60% na sua previsão! A previsão agora avançada pelo governo Merkel não anuncia realmente qualquer crescimento mas sim uma estagnação da economia alemã, neste ano. A auto-proclamada “locomotiva da economia europeia” tem vindo, no últimos anos a perder força de ano para ano: o crescimento em 2010 foi de 4,2%, em 2011 foi 3%, em 2012 só 0,7% (com o último trimestre do ano no ‘vermelho’…). Se este primeiro trimestre 2013 também correr no ‘vermelho’, a economia alemã entrará oficialmente em recessão, tal como a zona euro no seu conjunto já é considerada em recessão desde o terceiro trimestre do ano passado. Com uma economia dominada por uma estratégia mercantilista que faz das exportações o principal pilar, a Alemanha começa a sofrer as consequências da ‘austeridade’ que tem imposto aos seus parceiros europeus. Lançada pela Alemanha contra os Estados da periferia marítima, a austeridade surpreende Merkel ao comportar-se como um boomerang.