ALTERAÇÃO DO ENDEREÇO

sábado, 17 de agosto de 2013

-"Presidente ou Presidenta ?... (2)




Agora a opinião da professora portuguesa. É, mais ou menos, igual à do seu colega brasileiro, mas acrescenta uma conclusão: « a "feminização do termo" era de cunho popular e, muitas vezes, usada de forma irónica ou pejorativa». Não me parece que seja isso que D. Dilma quer ! ...




Lúcia Vaz Pedro
do Jornal de Notícias (Porto, Portugal)
19 de maio de 2013
A utilização da palavra “presidenta” não é uma novidade trazida pela senhora Dilma Rousseff.
Na verdade, alguns dicionários editados em 1944 (o de Augusto Moreno) e em 1953 (o de Cândido de Figueiredo) registam essa palavra, embora fosse de cunho popular e, muitas vezes, usada de forma irónica ou pejorativa. Tal como “presidenta”, também surgem os femininos “giganta” (de gigante), “hóspeda” (de hóspede). Há, pois, uma tendência generalizada para “feminizar” os nomes/substantivos provenientes do particípio presente latino que não variava em género: amans, amantis (amante, que ama); legens, legentis (lente, que lê);audiens, audientis (ouvinte, que ouve). Assim, assistimos, nos dias de hoje, a um uso formal de “presidenta”, embora a sua prática não seja consensual, podendo também dizer-se “o presidente”/”a presidente”.

Por outro lado, verifica-se a existência de alguns casos excecionais – infante/infanta, elefante/elefanta, governante/governanta, mestre/mestra, monge/monja, parente/parenta. Existem outros finalizados em -nte, normalmente originários de particípios presentes e de adjetivos uniformes latinos, que mantêm a mesma forma para o masculino e o feminino, como, por exemplo, “o doente”/ “a doente”, “o tenente”/ “a tenente”, “o docente”/ “a docente”.  :::


2 comentários:

Barbara disse...

Foi bom ter lido - terei agora mais argumentos se bem que o povo não usa a palavra mas refere-se a ela simplesmente pelo nome " Dilma".

Arnaldo dos Santos Norton disse...

É claro, minha amiga !... Mas sempre é bom sabermos o que está de acordo com as normas e o que é popular. Sem esquecermos que, muitas vezes, o que era popular tornou-se norma.