É uma pergunta que quero deixar no ar.
Será que nós estamos tão afastados dos nossos Pais que é necessário instituir um dia para que lhes dediquemos mais atenção ?
Até é capaz de ser necessário porque, talvez, no nosso dia-a-dia, nos esqueçamos de quanto eles fizeram por nós e quanto por nós se sacrificaram.
Seria bom que todos os dias fossem dia-do-pai e que os filhos não esquecessem de lhes dizer, sem complexos, quanto gostam deles.
Eu não preciso que se institua um dia para me lembrar do meu Pai, porque ele, apesar de já não viver entre nós, está sempre comigo.
Para os meus filhos, isso também não é necessário porque eles, quase diariamente me contactam e nos encontramos com bastante frequência. Posso afirmar que, hoje, que vivemos separados, temos uma relação muito mais próxima e mais efectiva ( e afectiva de modo diferente ) do que anteriormente.
Gostaria de deixar uma mensagem para aqueles que têm ou tiveram pais que lutaram na guerra do ultramar. Não se esqueçam de quanto os vossos pais sofreram, física e psicologicamente, e sejam compreensivos perante as reacções que eles possam ter e vos pareçam estranhas.
Eles cumpriram o seu dever e, mais ou menos conscientemente, lutaram por vós e pelo vosso futuro.
Lá por a Pátria os ter desprezado não façam o mesmo. Mostrem que sois mais conscientes e mais reconhecidos e oferecei aos vossos pais, pelo menos neste dia se o não fazeis diariamente, uma manifestação de carinho.
A vossa consciência um dia vos agradecerá; se não for antes será quando os vossos filhos tiverem a vossa idade.
Não esqueçam o velho ditado : “ filho és, pai serás !...”
Sem comentários:
Enviar um comentário