quarta-feira, 11 de março de 2009
« O rio corre »
O rio corre por entre enseadas
Cor de esmeralda oliva ele corre
A mata cerrada esconde por ali
Almas homens medos sonhos
O rio sobe maré mansa
A água oliva encobre solidão
De raízes aquáticas
A garça é quase um anjo
De branco sobre a lama escura
Sua graça não revela sua fome
E os peixes não se dão conta
Do pequeno espetáculo
De repente uma cortina de chuva
Grossa e prateada impede-nos
De ver a paisagem e o barco
Pequeno sacode com a ventania
Um deus resolveu regar corações
Cabeças membros sentimentos
É a estação-Era das secas para o homem
Ele pesca e não come
Ele planta e não come
Ele vende e não come
A cortina-chuva atravessa toda a região
E vai molhar outros sofrimentos
Adriana Costa
Poema publicado na 2ª edição da revista Nova Águia
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2 comentários:
Bonito, minha amiga ! Como sempre...
Leio sempre as tuas palavras com a maior satisfação.
Um beijo.
Meu doce amigo! Alegria me dá cada comentário teu! Tens sido um grande estímulo para mim! Obrigada de coração pelo carinho para comigo e para com meus poemas! Beijos no coração @}--
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